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Os Grupos de Pesquisas se constituem como um dos principais instrumentos na difusão do conhecimento científico.  Contudo, na maioria das vezes, estas atividades ficam restritas às suas cátedras de origem ou a eventos mais abrangentes que enfatizam o trabalho individual sem possibilitar o devido espaço para a troca de experiências entre os grupos de pesquisas, especialmente no que se refere aos desafios enfrentados.

Foi com esta preocupação que pesquisadores do Grupo de Pesquisas Integradas em Desenvolvimento Socioterritorial (GIDs) e o Grupo de Pesquisas em Geografia para Promoção da Saúde (PrósaudeGeo) se reuniram em 2010, para trocar suas experiências e discutir seus desafios. Na ocasião, decidiram por um segundo encontro, em 2012, que aconteceu reunindo um grupo maior de pesquisadores.

Para este segundo evento houve mudança de escala e de estrutura ao propor a formação de um espaço mais amplo para a promoção do debate com grupos de pesquisas do próprio curso e, principalmente, de outros cursos de Geografia na Paraíba, tendo como referência em sua estrutura a experiência bem sucedida do 3º. Seminário Regional Norte e Nordeste de Pós-graduação em Geografia (SERNNE) realizado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em junho de 2012.

O resultado dos debates realizados durante o evento em 2012 nos motivou à realização de encontros pontuais voltados para troca de experiências. No entanto, apesar de se constituírem como importantes atividades para o debate científico, os encontros não conseguiram o devido amadurecimento.

Foi pensando em ampliar as discussões entre os grupos de pesquisa em Geografia que o GIDs e ProsaudeGeo iniciaram a promoção de um evento mais amplo no qual, além da troca de experiências entre os líderes, possibilitasse a realização de oficinas e grupos de trabalhos voltados para analisar os principais desafios vividos pelos citados grupos de pesquisas.

Assim, em 2016 surgiu a proposta de promover o I Congresso Regional de Grupos de Pesquisas em Geografia (I CREPESG), tendo como tema principal a Troca de experiências na superação de desafios. O evento foi realizado em junho de 2017, na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), e contou com a colaboração de 23 Grupos de Pesquisas em Geografia sendo a maioria vinculados a Universidades Públicas da Região Nordeste através da participação de líderes, pesquisadores e estudantes (bolsistas e voluntários).

Entre conferências, mesas redondas, GTs e apresentações de trabalho, foram abordadas questões relacionadas à importância dos Grupos de Pesquisas na Iniciação Científica, relatos de experiências e o papel dos Grupos de Pesquisas na Qualificação do Profissional de Geografia. Na assembleia de encerramento os congressistas entenderam que os debates teóricos realizados no evento, acerca das atividades de grupo, remeteriam à necessidade de se analisar questões de ordem mais prática para o funcionamento dos grupos, entre as quais destacam-se as estratégias de financiamento e o desenvolvimento de pesquisas permanentes.

Surgiu então a definição do tema que seria apresentado na segunda edição do evento tendo como anfitrião o Grupo de Pesquisas Urbana, Rural e Ambiental (TERRA) do Curso de Geografia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), tendo como temática principal: Perspectivas e atuação dos grupos de pesquisa na formação do profissional de Geografia, através do qual buscaremos congregar líderes, pesquisadores e estudantes de grupos de pesquisas do Nordeste brasileiro em prol do fortalecimento das discussões no âmbito regional, no sentido de ampliar as relações entre grupos e promover um maior reconhecimento das pesquisas em andamento. O objetivo é a integração de vários grupos de pesquisa que atuam na área da Geografia no Nordeste brasileiro, discutindo os problemas e as possibilidades para nossa região.

Quando nos remetemos às questões mais urgentes dessa região, do ponto de vista da análise do espaço geográfico e todas as suas nuances, acreditamos que a iniciativa de promover o encontro entre grupos que têm a questão regional como objeto de pesquisa imbui-se de extrema importância. Desse modo, precisamos alinhar os conhecimentos adquiridos, criar intercâmbios, trocar ideias, informações na obtenção de recursos via órgãos de fomento, na melhoria da quantidade e qualidade dos artigos publicados, na melhor formação profissional e na ampliação e qualidade das pós-graduações, no âmbito das Instituições de Ensino Superior (IES).

Acreditamos ainda que as discussões científicas que estamos planejando no momento retornarão à sociedade no sentido da compreensão e resolução de problemas econômicos, sociais e ambientais, além das inovações tecnológicas que poderão promover uma melhor qualidade de vida a todos. 

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